domingo, 27 de setembro de 2015

LUÍS FAUSTO DE MEDEURIS

Luiz Fausto de Medeiros, nasceu na então vila de Areia Branca, em 5 de fevereiro de 1903. Filho de André Cursino de Medeiros e Ana Soares de Medeiros, ele de Macau e ela de Assu. Bisneto do português Manuel Joaquim de Medeiros, que no século 18 veio do Açores para Fortaleza e depois, no Rio Grande do Norte, casou-se com a natalense Francisca de Paula Guedes de Moura.
Com oito dias de nascido, Luiz Fausto passou aos cuidados do casal sem filhos Francisco Fausto de Souza e Maria Cândida Soares de Souza. Em novembro de 1911, Maria Cândida morreu em Areia Branca e foi sepultada em Mossoró. Luiz Fausto continuou com o pai adotivo, sendo criado por ele e pelas suas irmãs solteiras Júlia e Dona. De seu registro civil consta o nome Luiz. Menino, era Luiz Soares de Medeiros e, depois, Luiz Fausto de Medeiros - "omitindo erroneamente o sobrenome Soares comum às minhas mães legítima e adotiva", como ele mesmo assinalou em seus escritos. "Deveria assinar Luiz Fausto Soares de Medeiros".
Luiz Fausto foi batizado em Areia Branca, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, afilhado de Artur Paula da Costa e Adalgisa Soares de Souza Paula, depois seus sogros. Fez o curso primário a partir dos sete anos, com Francisca de Souza. O preparatório, depois ginasial, no Colégio Santo Antônio, de Natal, dirigido pelo monsenhor Manuel de Almeida Barreto. O curso superior na Faculdade de Medicina, Farmácia e Odontologia do Recife, dirigida por Otávio de Freitas. Formou-se farmacêutico em 1939. Naquele ano, participou de reuniões e passeatas revolucionárias no Recife, "como líder o meu particular amigo Francisco Martins Veras, norte-riograndense acadêmico de Direito e meu companheiro de república". Foi para Mossoró e assumiu a responsabilidade da Farmácia Rosado, em virtude da morte de Jerônimo Rosado e da ameaça de fechamento do estabelecimento por motivos políticos. Posteriormente exerceu a profissão também em Areia Branca. Em 1942, passou a trabalhar na firma inglesa Wilson, Sons, como sub-gerente e, em várias oportunidades, gerente. Ali ficou durante 11 anos. Depois gerenciou a firma salineira Transbrasília Industrial e Mercantil, de Paulo Fernandes, sendo aposentado em junho de 1967.
Em Areia Branca, Luiz Fausto foi político a partir da morte de seu pai adotivo, em 14 de janeiro de 1931. Suplente de juiz, secretário da prefeitura, prefeito municipal de 1945 a 1948. Na sua administração, com uma receita de 250 cruzeiros e nenhuma ajuda federal, fez a terraplenagem de várias ruas invadidas desde a fundação da cidade pelos morros de areias movediças, construiu o Matadouro Público, comprou motor para a iluminação elétrica da cidade. Em 1950, deixou a política. Em 1953, deixou sua cidade. "Sem deixar inimigo. Os adversários políticos do passado são, hoje, amigos atenciosos".
Coube a Luiz Fausto o início da campanha pela construção do porto de Areia Branca, em 1948. Escreveu e publicou artigos na imprensa de Mossoró e de Natal. Com Mário Negócio, foi ao Rio de Janeiro, em 1949, pedir às autoridades considerassem "direito de prioridade" a construção do porto em Areia Branca e não em Macau, como queria a Companhia Comércio e Navegação.
Casou-se, Luiz Fausto de Medeiros, com a sua prima em segundo grau Nair de Souza Paula, filha de Artur Paula da Costa e Adalgisa de Souza Paula. Sua mulher, nascida em Areia Branca no dia 22 de maio de 1915, batizada na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, sendo seus padrinhos Raimundo Rubira e a esposa Joaquina Soares de Souza - Quininha. O casamento religioso de Luiz e Nair foi no dia 17 de janeiro de 1933, pela manhã, celebrado pelo padre Manuel Lucena. O civil, no mesmo dia, pelo juiz Israel Fereira Nunes, na casa que pertenceu a Francisco Fausto, à rua Joca Soares, onde passaram a residir.
Luiz-Nair são pais de doze filhos. "Criamos os nossos filhos conforme os bons costumes da época e os princípios tradicionais da família. A minha vida foi de trabalhos e sacrifícios. As exigências de minhas rendas atenderam apenas às estritas despesas domésticas e como sempre procedi honestamente, não acumulei fortuna para transformá-la em herança material para os meus filhos. Por estes e outros motivos, Nair e eu nos voltamos à educação de nossos filhos, felizmente com êxito".
São irmãos de Luiz Fausto: Manuel Soares, casada com Iracema Gurgel; Luzia Soares de Medeiros, viúva de José Monte; Francisco Soares de Medeiros, casado com Francisca Soares do Couto (já falecidos).
São irmãos de Nair: Ozelita, casada em primeira núpcias com Manuel Brasil e, em segunda, com João Custódio; Maria Nilda, viúva de Oswaldo Vasconcelos de Albuquerque; Lourival de Souza Paula e Maria de Lourdes, ambos falecidos.

São filhos de Luiz e Nair: Maria Cândida, Francisco Fausto, Maria José, Maria Eliene, Ana Maria, Luiz Fausto, Vera Lúcia, Lourival, André, Artur, Orlando e Roberto.
FONTE - O MOSSOROENSE; FOTO EXTRAÍDA DO LIVRO AREIA BRANCA - A TERRA E A GENTE, DE DEÍFILO GURGEL

PLACADE DENOMINAÇÃO

PORTO ILHA LUÍS FAUSTO DE MEDEIROS, AREIA BRANCA-RN

LEI Nº 8.976, DE 6 DE JANEIRO DE 1995.


Denomina "Luís Fausto de Medeiros" o Porto-Ilha de Areia Branca, situado no município do mesmo nome, Estado do Rio Grande do Norte.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
        Art. 1º Fica denominado Porto-Ilha "Luís Fausto de Medeiros" o atual Porto-Ilha de Areia Branca, situado no município do mesmo nome, no Estado do Rio Grande do Norte.
        Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
        Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
        Brasília, 6 de janeiro de 1995; 174º da Independência e 107º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Odacir Klein

DECRETO Nº 66.154, DE 3 DE FEVEREIRO DE 1970

Aprova a constituição da sociedade de economia mista TERMISA - Terminais Salineiros do Rio Grande do Norte S. A.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 81, item III da Constituição Federal, e nos têrmos do parágrafo único do art. 3º do Decreto-Lei nº 794, de 27 de agôsto de 1969,
DECRETA: 

     Art. 1º. Fica aprovada a constituição da sociedade de economia mista. "TERMISA - Terminais Salineiros do Rio Grande do Norte S. A., bem como os respectivos atos constantes da ata da sessão pública realizada no Ministério dos Transportes, no dia 29 de janeiro de 1970, e que será publicada em anexo. 

     Art. 2º. Êste Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Brasília, 3 de fevereiro de 1970; 149º da Independência e 82º da República.
EMÍLIO G. MÉDICI 
Mário David Andreazza 

Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial da União - Seção 1 de 06/02/1970


Publicação:
  • Diário Oficial da União - Seção 1 - 6/2/1970, Página 993 (Publicação Original)

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